A marca escolhida para celebrar o momento da vitória foi a tradicionalíssima Moët & Chandon, que pertence ao grupo LVMH, o maior conglomerado de luxo do mundo. Nos vinhedos da montanha de Rems, próximo a Epernay, as uvas são plantadas conforme a legislação sa para ter a denominação "Champagne".
O rótulo substituirá os espumantes italianos “Ferrari Trento”, produzidos pela família Lunelli. A bebida foi um marco na produção da categoria de vinhos para a Itália e reposicionou o país entre os melhores do mundo.
O contrato entre a LVMH e a Fórmula 1 foi assinado em um valor estimado de valor de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,7 bilhões) e desbanca a Rolex para dar lugar a outra marca de relógios do grupo, a Tag Heuer que, a partir de agora, assina o cronômetro oficial do evento. As mudanças já começaram a valer nos testes da pré-temporada, que iniciaram no fim de fevereiro.
Além disso, a bebida também dará nome a uma etapa do circuito mundial, a Moët & Chandon Belgian Grand Prix 2025, disputada em Spa, na Bélgica, em que o autódromo está localizado a cerca de 250 quilômetros de distância do terroir da maison em Epernay, na região de Champagne.
Os icônicos rótulos da Moët estão presentes na história do automobilismo mundial. Ao longo do tempo, tornaram-se referência nas vitórias dos lendários pilotos Sir Jackie Stewart, Ayrton Senna, Niki Lauda, Alain Prost, Mika Häkkinen e Michael Schumacher.
Segundo a empresa, o italiano Tazio Nuvolari foi o primeiro a beber um rótulo da maison no pódio ao vencer uma corrida em 1936.
Já a “chuva comemorativa”, também conhecida como spray, começou em 1967 com o americano Dan Gurney, que sacudiu a garrafa e borrifou champagne na torcida. O entusiasmo criou uma tradição vista até hoje.
Com o ar das décadas, a Moët & Chandon virou sinônimo de champagne no mundo dos vinhos. No Brasil, a garrafa de 750 ml custa cerca de R$ 500.
O rótulo Imperial, por exemplo, é feito com 30 a 40% de Pinot Noir, 30 a 40% de Meunier e 20 a 30% de Chardonnay.
Na taça, a bebida possui coloração dourada com reflexos verdes e mousse extremamente estruturada. As notas são de maçã verde e frutas cítricas, mas também com aspectos da fermentação como brioche e nozes tostadas.
*Os textos publicados pelos Insiders e Colunistas não refletem, necessariamente, a opinião do CNN Viagem & Gastronomia.
Stêvão Limana é jornalista formado pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), pós-graduado em enologia, postulante a sommelier profissional e maratonista nas horas vagas. Na TV, fala sobre política e eleições, enquanto na internet foca em vinhos e gastronomia.